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Costurando sonhos: Casa Prado dá início a um projeto socioambiental

Costurando sonhos: Casa Prado dá início a um projeto socioambiental

A marca de moda masculina Casa Prado, consolidada há 68 anos na história de Cuiabá com 9 lojas e 3 franquias no estado de Mato Grosso, iniciou em setembro de 2022 o projeto Costurando Sonhos. A iniciativa oferece profissionalização gratuita com ensino técnico e prático de costura para mulheres de Várzea Grande em parceria com a Associação Anjo Miguel, localizada no bairro Jardim Glória II.

Unindo o social ao ambiental denominando-se projeto de impacto, roupas que estavam em desuso e retalhos das operações de alfaiataria da empresa que acumulariam em resíduos textéis para o meio ambiente, são destinados ao espaço disponibilizado na Associação Anjo Miguel com máquinas de costura doadas à eles pelo IMA (Instituto Mato-Grossense de Algodão).

A Casa Prado fornece instrutora e professora especializadas em costura e modelagem de peças, que ensinam e profissionalizam mulheres através da reutilização do tecido para criação de carteiras, mochilas, bolsas e diversos produtos, que já estão sendo comercializados nas Lojas da Casa Prado em todos os Shoppings, na qual 50% da renda obtida pela venda das peças será revertida para o projeto.

O CEO da Casa Prado Geraldo José do Prado explica “A gente sabe que o mercado da moda polui muito, esse retalho que ia pro lixo, tá indo para essa oficina para se transformar em uma bolsa, uma mochila e futuramente a gente vai recomprar delas garantindo receita para essa comunidade que é vulnerável e ao mesmo tempo ajudando o meio ambiente, esse projeto é um grande sonho”.

A turma contém seis alunas, sendo todas mães, Andreia Costa Amorim aluna do projeto destaca como vê a oportunidade da profissionalização

“A gente tem que ter a visão lá na frente, de que costureira é um emprego, cada uma aqui tem um objetivo na costura, o meu é produzir roupa. Uma costureira nunca fica sem dinheiro, temos a oportunidade tanto de exercer a função fora, como costurar em casa, ainda mais para nós que somos mães é uma possibilidade de conciliar com o cuidado dos filhos”

Para Zislene Gonçalves de 38 anos, também aluna, o curso trouxe oportunidades de futuro, “Pra mim o projeto foi uma alegria muito grande porque meu sonho é ter um diploma, eu pretendo montar o meu próprio ateliê de costura, sempre tive vontade de costurar”


“Dependendo da região que a gente vive é mais difícil o acesso, tem vários cursos que estão abrindo oportunidade, mas para você fazer um curso você tem que pagar, ou o curso é em um local muito longe, então conta o translado, ônibus, tempo… e aqui no projeto não, é gratuito, não tem custo, é perto”

Tatiane Martins, aluna do projeto

A minha história com a costura começou com um sonho”

Essas foram as palavras de Antônia karolayne Gomes da Silva , professora do projeto ao descrever sua trajetória na costura: “Desde os oito anos eu começei a desenhar, eu desenhava roupas e eu não sabia né, o que ou como que ela iria sair dali, com quinze anos eu participei das olimpíadas do conhecimento no SENAI no curso de tecnologia da moda, também no SENAI fiz o curso de modelagem, onde tive a oportunidade de aprender com um professor surdo, foi uma experiência muito incrível, conheci uma nova maneira de aprender e ensinar.

Dar aula para várias pessoas em um mesmo ambiente, cada um tem o seu jeito, é meio complicado se adaptar. Na minha cabeça eu pensava deve ser difícil ser professora, eu tenho 21 anos, mas depois eu vi que é muito legal passar conhecimento”.  Finalizou Antônia.

“Um sonho em conjunto”

Maria de Lourdes Figueiredo monitora do projeto descreve: “Minha mãe era costureira, eu aprendi a dar os primeiros pontos à mão com 6 anos, eu fazia roupas de boneca, como eu sempre fui curiosa aprendi sozinha na máquina. Com 15 anos eu já fazia minhas roupas, desenhava e executava, as pessoas foram conhecendo o meu trabalho e me tornei costureira.

Tenho um sonho que grita muito forte de ajudar pessoas, esse sonho casou muito com esse projeto, quando o CEO da Casa Prado Geraldo José me falou da idéia de destinar os retalhos da alfaiataria, não tínhamos o lugar pra isso e eu fui até o IMA, onde conheci o Edvaldo, diretor da Associação Anjo Miguel, que já tinha máquinas de costura e as coisas se encaixaram, esse projeto foi um sonho que sonhamos em conjunto. Tanto meu, quanto do CEO e também do Edvaldo.

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